Quando entraram no projeto Sebrae Natal Pensando Moda, as empresárias Sheila Morais e Luciana Galvão, que atuam na capital do Rio Grande do Norte, apostaram na capacitação e abertura de mercado. Uma das ações deste programa é proporcionar condições para que as empresas participem de eventos de moda de grande porte como o Rio à Porter. Dois anos depois de dividir o estande com outros grupos, as empresárias comemoram o sucesso da estratégia.
Aumento do número de clientes no Brasil e vendas o exterior são registros positivos da S Design, de Sheila Amorim, que após várias participações já se acostumou a ser a campeã de vendas do estande. Em vôo solo, ela reconhece a importância do projeto do Sebrae nesta trajetória.
“Pude aprofundar o conceito dos meus acessórios, definindo melhor o caminho e aliando a inspiração com o conhecimento técnico e de design. Hoje, vendo para vários estados brasileiros e para outros países. Meus pontos de venda aumentaram de 30 para 100 neste período”, afirma.
Para Luciana Galnvão, da Anna Marcolina, que apresenta nesta edição roupas com desenhos, crochês e cores inspiradas nas frutas locais, a avaliação também é positiva. Ela conta que a confecção aumentou o número de peças produziadas em 500% nos últimos dois anos e também conquistou clientes no Brasil e no exterior.
“Acho que essa passagem está se dando no momento certo e minha expectativa é subir mais alguns degraus neste mercado altamente competitivo. Tudo isso foi conquistado com no Rio à Porter com a ajuda do Sebrae”, afirma Luciana, da Anna Marcolina.
“Nós apoiamos e elas responderam. Isso é um motivo de orgulho e representa ao certo do nosso trabalho”, comemora a gestora do projeto de confecções do Sebrae no Rio Grande do Norte, Verônica Melo.
Embora estreantes em espaço próprio no Rio à Porter, as empresas continuam ligadas ao projeto Natal Pensando Moda, tanto que desenvolveram suas peças com o tema proposto pelo estilista mineiro Ronaldo Fraga, que sugeriu a obra do historiador Câmara Cascudo.
Pela primeira vez neste evento, a empresa Vlock, de moda feminina, traduziu esta proposta desenvolvendo uma coleção em tons naturais, com muitos detalhes da terra, como bordados e rendas. Vários pedidos já foram fechados e outros estão em andamento, o que representa, segundo eles, um bom indicador da opção em criar uma moda própria.
“Estamos agregando à nossa marca um estilista consagrado como Ronaldo Fraga e fazendo uma moda que não é cópia. Atuamos há 21 anos basicamente na Região Nordeste, mas queremos ir mais longe vendendo para multimarcas de todo o país. Investir neste objetivo sozinho representa um custo muito alto para uma pequena empresa, daí a importância do Sebrae”, afirma Jorge Medeiros, da Vlock.